Apesar de estarmos ainda na metade do ano, li essa matéria e achei muito interessante para refletirmos, por isso estou compartilhando com vcs.
Com a aproximação do final do ano
letivo, muitos Professores já se encontram em um estado de extremo cansaço. Não
é para menos, com tantos Relatórios, Provas para corrigir, tarefas de casa, trabalhos,
fechamento do Bimestre, Reunião de Pais, alunos indisciplinados, reclamações de
pais, semanários, datas comemorativas, formatura.
Ufa, quanta coisa!!!
De certa forma, o cansaço que
naturalmente surge ao longo do ano letivo é até compreensível e administrável, afinal
para isso temos o recesso e as férias onde recarregamos as energias e voltamos
com novo ânimo.
Entretanto muitos Professores
estão se afastando do trabalho devido ao Estresse emocional, pois apresentam esgotamento
físico, alto grau de irritabilidade e mau humor, parecendo que estão à beira de
um ataque de nervos.
O Estresse aparece quando somos
submetidos a um estado de grande esforço e tensão. Neste caso nosso corpo reage
apresentando alguns sintomas tais como: dores de cabeça, irritabilidade, cansaço,
perda de memória, tensão muscular, problemas psíquicos desencadeando até
depressão ou pânico.
Dentre as dezenas de emails que
recebo diariamente, boa parte deles
trata de desabafo dos Professores que
visivelmente estão a beira de um ataque de nervos, porém observei algo maior
ainda por trás destes constantes desabafos: desilusão pela profissão.
Professores que já há muito tempo
perderam a alegria e a disposição de ensinar, pois olham para trás e vêem que o
trabalho que fizeram até agora não resultou em NADA, que não valeu a pena. Há uma total falta de motivação, e um
profundo esgotamento emocional. Isso é muito triste!!!
Este tipo de desilusão em relação
ao próprio trabalho, também é um transtorno psíquico conhecido por “ burn out”, que em inglês
significa combustão completa. Enquanto que a depressão é uma reação do corpo a
um estado de tensão, o “burn out” é um transtorno emocional.
Uma profissão, seja ela qual for,
dentre outras coisas deve nos trazer satisfação pessoal, senso de dever
cumprido, certeza de que estamos fazendo a diferença no mundo e na vida de
outras pessoas. Quando não sentimos que estes objetivos estão sendo atingidos
entramos em um estado de desilusão e apatia.
Mas, o que gera essa desilusão e
apatia pelo que fazemos? Em muitos casos constatei que os Professores estão
focando suas preocupações em coisas que não cabe a eles resolver. A Família não
está educando? O Governo não está apoiando? O Gestor não está ajudando? A
violência está tomando conta da Escola?
A única coisa que o Professor
pode controlar é a SUA atitude frente a tudo isso. O Professor pode mudar a si mesmo
e não precisa ficar esperando que os outros façam algo. É preciso que façamos
apenas a nossa parte, não de forma medíocre, mas sim extrapolando o nosso ótimo
em busca do nosso excelente. Isso nos dá o sentimento de completude e faz com
que o nosso emocional esteja imune, blindado, contra qualquer tipo de azedume
que venhamos a nos deparar.
Sempre comparo o nosso corpo como
sendo uma casa, com vários cômodos que precisamos cuidar, cada qual tem sua
função. Cada um desses cômodos precisa ser cuidado, decorado, corretamente
utilizado, e ser limpo periodicamente. Como em qualquer casa, ou ambiente que
usamos, geramos LIXO que precisa ser recolhido e jogado fora.
Com o nosso corpo precisamos
fazer o mesmo, jogar fora o lixo emocional. Tudo aquilo que interrompe
a passagem de coisas novas, tudo aquilo que cheira mal, tudo aquilo que nos
empobrece enquanto pessoas, tudo o que não é nosso e por vezes insistimos em
carregar.
Lembre-se você até pode armazenar
o lixo por alguns dias antes de jogar
fora, o que você não pode é armazená-lo por semanas inteiras, meses, e até anos. Jogar fora
o lixo emocional exige
planejamento, por esta razão arrume sua agenda semanal de modo que haja o
momento de fazer isso. Como? Praticando mais esportes, tendo momentos de lazer
a sós ou em família, viajando, divertindo-se, praticando um hobby, nutrindo os
relacionamentos que valem a pena, compartilhando mais, reclamando de menos.
Uma pessoa sem lixo emocional é
como uma casa arejada. Todo mundo que entra em contato com ela logo percebe o
perfume, a luz natural, a alegria de viver. Tudo isso contagia: seus colegas, seus
familiares, os alunos, os pais dos alunos, e todos que estiverem a sua volta.
Saúde física e emocional do
Professor precisa ser levada em conta para um efetivo Gerenciamento da Sala de
Aula.
E você, o que está fazendo para
jogar fora o seu lixo emocional diário?
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