terça-feira, 5 de novembro de 2013

Roteiro para a elaboração dos relatórios

Turma de Infantil II (4 anos) - 2º semestre
1. INTRODUÇÃO: falar sobre a participação da criança na rotina, nas brincadeiras, momento
do diversificado e interação com os colegas.

2. LINGUAGEM ORAL
 Projeto de Poesias e Reconto: a criança recitou as poesias apenas no coletivo ou também
o fez individualmente? Participou do reconto utilizando expressões e palavras do texto
fonte?
 Roda de Conversa: participou espontaneamente ou apenas quando o professor ou colega
fazia alguma pergunta, houve ampliação no vocabulário, se expressava com clareza?

3. LEITURA
 Identificou os nomes dos colegas?
 Em que situações fez leituras e apoiada em que indícios para dizer o que estava escrito?

4. LINGUAGEM ESCRITA
 Como produziu suas escritas, explicitar os avanços e colocar exemplos.
 Escrita do próprio nome (se ainda não escrevia com autonomia no 1º semestre).

5. MATEMÁTICA
 Como fez a recitação da sequência numérica oral, até que número?
 Fez contagem termo a termo? Quantificou?
 Interpretação de números: conseguiu identificar quais?
 Como fez o registro de quantidades? Utilizou risquinhos ou algarismos?
 Como fez a contagem dos pontos nos jogos?

6. NATUREZA E SOCIEDADE
 Como foi a participação da criança no projeto ?
 Quais hipóteses levantou e como participou das pesquisas?
 Colocar exemplos de comentários, perguntas ou explicações efetuadas ao longo do
projeto.

7. ARTES VISUAIS
 Como foi seu percurso no desenho, pintura, modelagem e colagem.
 Comentar sobre sua participação/atuação nos momentos de apreciação dos próprios
trabalhos, dos colegas ou de obras de arte.

8. MÚSICA
 Participou dos momentos de cantoria? Quais foram as brincadeiras envolvendo os
diferentes tipos de som que atuou mais ativamente e/ou em quais foi mais desafiada?

9. MOVIMENTO
 Como foi sua participação e atuação nas atividades propostas? Do que pareceu gostar
mais? Qual foi seu maior desafio?

Tópicos elaborados por professores do infantil II e orientação de Leninha Ruiz

Como ajudar os professores a elaborar os relatórios de avaliação de aprendizagem.

Elaborar um documento que mostre o percurso de aprendizagem de cada um dos alunos é compromisso da escola e dos professores. Na Educação Infantil, fazer pareceres descritivos é a forma mais apropriada para avaliar as crianças, porque eles possibilitam particularizar cada pequeno e destacar as intervenções que foram efetuadas para que eles ampliassem seus saberes.
A tarefa de fazer esse registro não é nada fácil, mas é preciso que o professor o faça da melhor forma possível. Os registros precisam ser fiéis (retratando o percurso de cada criança), bem escritos e claros o suficiente para que os interlocutores (familiares, outros professores e profissionais) compreendam.
Para que esse trabalho seja bem sucedido, o coordenador pedagógico tem que ser o parceiro mais experiente de seu grupo de professores, auxiliando-os na elaboração dos relatórios. Abaixo, elenquei para vocês algumas das principais orientações que podemos dar aos professores, tendo sempre em mente que planejar como será o processo de elaboração desses documentos é o caminho ideal!
Como orientar e ajudar os professores?
  1. Período: é importante definir claramente de quando a quando esse relatório vai abranger. Ele pode ser semestral, trimestral ou até bimestral. É necessário que a escola já tenha definido a periodicidade das avaliações para que cada relatório abranja o mesmo período que o anterior. Por ser final de ano, é comum alguns professores fazerem comparações com o começo do ano, mas esse período foi contemplado nos relatórios anteriores, a menos que a criança tenha ingressado na escola em outro período.
  2. Registros: é necessário separar os materiais que servirão de apoio para resgatar os processos de aprendizagem. Entre eles, estão os planejamentos, nos quais descrevemos as expectativas de aprendizagem, as pautas de observação, as anotações do professor, e as produções das crianças. A memória não daria conta de preservar o percurso particular de cada pequeno, portanto, ter todos esses documentos organizados é o que vai assegurar um relatório bem elaborado.
  3. Roteiro do relatório: facilitará muito o trabalho do professor se, antes de começar a escrever, ele tiver elaborado um roteiro para direcionar seu trabalho. Isso porque acontecem muitas situações didáticas ao longo do período analisado e seria impossível abordar tudo. Por isso, elencar os itens que precisam ser priorizados, como os principais objetivos e/ou conteúdos de cada eixo de conhecimento, além do foco da abordagem no relatório, é uma boa maneira de manter a organização. Quando esse roteiro é feito coletivamente pelos professores que atuam no mesmo nível, ocorre uma contribuição entre eles, o que potencializa o foco bem definido para a escrita dos relatórios.
  4. Revisão dos Relatórios: Depois de iniciada a escrita dos relatórios, o papel do coordenador pedagógico é ajudar o professor na revisão do texto (sim, toda escrita precisa ser revisada!) e, ao mesmo tempo, respeitar o estilo de escrita de cada um. Não vale deixar passar informações equivocadas, erros de gramática ou trechos idênticos a respeito de crianças diferentes. Quando isso acontece, não é nada legal riscar ou marcar de vermelho como se fazia antigamente! É preciso mostrar para o docente porque o trecho precisa ser reescrito e o que e como ele pode fazer diferente.
Ajudar o professor a enxergar e melhorar seus relatórios é altamente formativo e, sem dúvida, um desafio e tanto para o coordenador! Uma sugestão que dou para vocês é revisar alguns relatórios, uns três ou quatro, com cada professor e orientar que ele siga revisando os demais, de preferência alguns dias depois que o produziu. Assim, ele consegue se distanciar da escrita original e fazer uma boa revisão.
E na sua escola, a escrita dos relatórios já começou? Você tem auxiliado os professores ao mesmo tempo em que respeita a autoria da escrita?

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Orgulho...

Pedi que meus alunos ilustrassem a atividade conforme estavam vendo no livro e olha meu artista "Alexandre", ele é super demais, tem muito futuro esse menino.



Projeto Sacolinha de Leitura

Projeto “Sacola da Leitura”

O Projeto “Sacola da Leitura” consiste no empréstimo dos livros de sala de aula para que a criança realize sua leitura em casa junto à família.

Justificativa
A criança adora histórias de príncipes, princesas, animais falante, bruxas, pois tudo isso faz parte do seu mundo imaginário, de sua fantasia. E partindo dessa realidade, observa-se que é o momento oportuno para inseri-las no contato com os livros, com obras clássicas e modernas, conhecendo autores e ilustradores que fazem de tudo para despertar na criança o hábito da leitura.
Tudo isso se torna ainda mais prazeroso quando ouvidas em família, no aconchego do colo do papai ou da mamãe, ou quem sabe, do avô, da avó ou dos irmãos. Ou ainda dando seus primeiros passos na leitura sozinha, descobrindo suas primeiras palavras, ou realizando a leitura de imagens.

Objetivos:
 • Incentivar o gosto pela leitura;
• Conhecer histórias variadas;
• Ampliar o vocabulário;

• Reunir à família, possibilitando assim o diálogo, a troca, a interação e a união entre seus membros;
• Despertar ainda mais a imaginação, a curiosidade, a comunicação e a auto-estima das crianças; 
 • Ajudar a criança nessa fase de alfabetização, lendo para ela e questionando sobre a leitura.

Como é realizado:Trata-se de um projeto de prática de leitura onde os alunos levam para casa uma sacola contendo um livro de história infantil (1 aluno por dia, de segunda a quinta), e uma folha de registro, onde terão que registrar a sua opinião sobre a história lida, o autor e o ilustrador do livro, usando escrita. Depois, em sala, cada aluno apresentará sua leitura ou interpretação aos colegas. Na apresentação, o aluno (a) também poderá responder as perguntas feitas pelos colegas ou pela professora sobre o livro.

AVALIAÇÃO
Ocorrerá durante todo o processo, a partir da observação direta das atitudes do aluno-leitor no seu cotidiano, e da avaliação de leitura e interpretação de texto do aluno, no dia-a-dia.

PRODUTO FINAL
Os alunos apresentaram em forma de exposição os registros feitos por eles de todos os livros lidos, bem como uma peça teatral organizada pela sala do livro preferido pela turma.
Livro encadernado com as fichas individuais de leitura.

Modelo da Ficha de Leitura Individual:
Projeto “Sacola da Leitura” –  Ficha Individual

Aluno:____________________________________________________________
Nome do Livro:_____________________________________________________
Autor:_____________________________________________________________
Ilustrador:__________________________________________________________

Fale um pouco da parte que você mais gostou do livro que acabou de ler.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
  
Você leu sozinho?           (   )  Sim            (   ) Não
Se não, quem leu pra você? ___________________________________________

“Pais lembrem-se que nossos exemplos valem mais do que palavras, demonstre interesse por ler, pelo estudo de seu filho (a), e verás o quanto é gratificante essa fase de suas vidas.






E eles estão muito espertos...

Delícia poder perceber que meus alunos estão cada dia mais espertos. Podemos não receber salários dignos, não sermos valorizados pela sociedade, ou até terminar nossa semana estafadas, mas uma coisa é certa, quem tem amor por essa profissão passa por tudo isso com a alegria sempre estampada no rosto, porque é muito gratificante ver nossos pequenos aprenderem. 
Finalizamos nosso terceiro bimestre e como sou muito exigente comigo e com eles, as vezes fico frustrada por não ter atingido certos objetivos, mas analisando o portfólio que fazemos com a escrita deles para podermos avaliar o desempenho de cada um, pude observar  que de acordo com suas capacidades individuais, conseguiram uma grande evolução.
Tenho alunos que estavam silábicos com correspondência e que hoje estão lendo fluentemente e produzindo textos com segmentação. Alegria e motivação para mim. 
Sei que não é fácil, as vezes também me chateio com certas coisas que só acontecem em nossa profissão, mas isso não me faz desistir, pois amo o que faço e procuro fazer bem feito, uma vez que tenho vidas sobre a minha responsabilidade.
Sigamos em frente rumo ao último bimestre.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Formas criativas para estimular a mente de alunos com deficiência

O professor deve entender as dificuldades dos estudantes com limitações de raciocínio e desenvolver formas criativas para auxiliá-los.
De todas as experiências que surgem no caminho de quem trabalha com a inclusão, receber um aluno com deficiência intelectual parece a mais complexa. Para o surdo, os primeiros passos são dados com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os cegos têm o braile como ferramenta básica e, para os estudantes com limitações físicas, adaptações no ambiente e nos materiais costumam resolver os entraves do dia-a-dia. 

Mas por onde começar quando a deficiência é intelectual? Melhor do que se prender a relatórios médicos, os educadores das salas de recurso e das regulares precisam entender que tais diagnósticos são uma pista para descobrir o que interessa: quais obstáculos o aluno enfrentará para aprender - e eles, para ensinar. 
No geral, especialistas na área sabem que existem características comuns a todo esse público (leia a definição no quadro desta página). São três as principais dificuldades enfrentadas por eles: falta de concentração, entraves na comunicação e na interação e menor capacidade para entender a lógica de funcionamento das línguas, por não compreender a representação escrita ou necessitar de um sistema de aprendizado diferente. "Há crianças que reproduzem qualquer palavra escrita no quadro, mas não conseguem escrever sozinhas por não associar que aquelas letras representem o que ela diz", comenta Anna Augusta Sampaio de Oliveira, professora do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP). As características de todas as outras deficiências você pode ver no especial Inclusão, de NOVA ESCOLA.

A importância do foco nas explicações em sala de aula 
Alunos com dificuldade de concentração precisam de espaço organizado, rotina, atividades lógicas e regras. Como a sala de aula tem muitos elementos - colegas, professor, quadro-negro, livros e materiais -, focar o raciocínio fica ainda mais difícil. Por isso, é ideal que as aulas tenham um início prático e instrumentalizado. "Não adianta insistir em falar a mesma coisa várias vezes. Não se trata de reforço. Ele precisa desenvolver a habilidade de prestar atenção com estratégias diferenciadas para, depois, entender o conteúdo", diz Maria Tereza Eglér Mantoan, doutora e docente em Psicologia Educacional da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O ponto de partida deve ser algo que mantenha o aluno atento, como jogos de tabuleiro, quebra-cabeça, jogo da memória e imitações de sons ou movimentos do professor ou dos colegas - em Geografia, por exemplo, ele pode exercitar a mente traçando no ar com o dedo o contorno de uma planície, planalto, morro e montanha. Também é importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. Nesse caso, o estudo das formas geométricas poderia vir acompanhado de uma atividade para encontrar figuras semelhantes que representem o quadrado, o retângulo e o círculo.

A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo. A tarefa deve começar tão fácil quanto seja necessário para que ele perceba que consegue executá-la, mas sempre com algum desafio. Depois, pode-se aumentar as regras, o número de participantes e a complexidade. "A própria sequência de exercícios parecidos e agradáveis já vai ajudá-lo a aumentar de forma considerável a capacidade de se concentrar", comenta Maria Tereza, da Unicamp. 
O que é a deficiência intelectual?
É a limitação em pelo menos duas das seguintes habilidades: comunicação, auto cuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, usam de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho. O termo substituiu "deficiência mental" em 2004, por recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para evitar confusões com "doença mental", que é um estado patológico de pessoas que têm o intelecto igual da média, mas que, por algum problema, acabam temporariamente sem usá-lo em sua capacidade plena. As causas variam e são complexas, englobando fatores genéticos, como a síndrome de Down, e ambientais, como os decorrentes de infecções e uso de drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningite e traumas cranianos. Os Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGDs), como o autismo, também costumam causar limitações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial tem alguma deficiência intelectual.
Foi o que fez a professora Marina Fazio Simão, da EMEF Professor Henrique Pegado, na capital paulista, para conseguir a atenção de Moisés de Oliveira, aluno com síndrome de Down da 3ª série. "Ele não ficava parado, assistindo à aula", lembra ela. Este ano, em um projeto sobre fábulas, os avanços começaram a aparecer. "Nós lemos para a sala e os alunos recontam a história de maneiras diferentes. No caso dele, o primeiro passo foram os desenhos. Depois, escrevi com ele o nome dos personagens e palavras-chave", relata ela. 

Escrita significativa e muito bem ilustrada 
A falta de compreensão da função da escrita como representação da linguagem é outra característica comum em quem tem deficiência intelectual. Essa imaturidade do sistema neurológico pede estratégias que servem para a criança desenvolver a capacidade de relacionar o falado com o escrito. Para ajudar, o professor deve enaltecer o uso social da língua e usar ilustrações e fichas de leitura. O objetivo delas é acostumar o estudante a relacionar imagens com textos. A elaboração de relatórios sobre o que está sendo feito também ajuda nas etapas avançadas da alfabetização. 

A professora Andréia Cristina Motta Nascimento é titular da sala de recursos da EM Padre Anchieta, em Curitiba, onde atende estudantes com deficiência intelectual. Este ano, desenvolve com eles um projeto baseado na autoidentificação - forma encontrada para tornar o aprendizado mais significativo. A primeira medida foi pedir que trouxessem fotos, certidão de nascimento, registro de identidade e tudo que poderia dizer quem eram. "O material vai compor um livro sobre a vida de cada um e, enquanto se empolgam com esse objetivo, eu alcanço o meu, que é ensiná-los a escrever", argumenta à educadora. 

Quem não se comunica... pode precisar de interação 

Outra característica da deficiência intelectual que pode comprometer o aprendizado é a dificuldade de comunicação. A inclusão de músicas, brincadeiras orais, leituras com entonação apropriada, poemas e parlendas ajuda a desenvolver a oralidade. "Parcerias com fonoaudiólogos devem ser sempre buscadas, mas a sala de aula contribui bastante porque, além de verbalizar, eles se motivam ao ver os colegas tentando o mesmo", explica Anna, da UNESP. 

Essa limitação, muitas vezes, camufla a verdadeira causa do problema: a falta de interação. Nos alunos com autismo, por exemplo, a comunicação é rara por falta de interação. É o convívio com os colegas que trará o desenvolvimento do estudante. Para integrá-lo, as dicas são dar o espaço de que ele precisa mantendo sempre um canal aberto para que busque o educador e os colegas. 

Para a professora Sumaia Ferreira, da EM José de Calazans, em Belo Horizonte, esse canal com Vinicius Sander, aluno com autismo do 2º ano do Ensino Fundamental, foi feito pela música. O garoto falava poucas palavras e não se aproximava dos demais. Sumaia percebeu que o menino insistia em brincar com as capas de DVDs da sala e com um toca-CD, colocando músicas aleatoriamente. Aos poucos, viu que poderia unir o útil ao agradável, já que essas atividades aproximavam o menino voluntariamente. Como ele passou a se mostrar satisfeito quando os colegas aceitavam bem a música que escolheu, ela flexibilizou o uso do aparelho e passou a incluir músicas relacionadas ao conteúdo. "Vi que ele tem uma memória muito boa e o vocabulário dele cresceu bastante. Por meio dos sons, enturmamos o Vinicius."

sábado, 24 de agosto de 2013

Muitas vezes fico indignada com a educação e o valor que nós educadores temos na sociedade. Cada dia torna-se mais difícil ser professor, mas ainda sou encantada por minha profissão. Essa semana falei que se voltasse no tempo não faria pedagogia, mas faria sim. Não tem nada mais gratificante que fazer a diferença na vida de pequenos seres. Hoje me emocionei com alguns alunos que no início do ano ainda não liam, e olha que estão no segundo ano, mas agora, se divertem com os livros. Cada hora vem um todo orgulhoso com um livro na mão dizendo: "olha pro, eu li esse livro", e lê um trecho ou comenta uma parte que gostou e vejo a gratidão em seus olhos, nessa hora vejo o valor do meu trabalho e tenho certeza que amo o que faço. É claro que fico cansada, com raiva, tem dia que tudo que planejo dá errado e aquela aula que achei que seria um sucesso vira um fracasso, mas graças a Deus não é sempre assim. Não temos rotina, cada dia nos traz maravilhosas surpresas. O dia que não acreditar mais na educação, penduro as chuteiras, por enquanto sigo feliz, pois como diz uma amiga, amo o que faço e faço o que amo!!!






sexta-feira, 12 de julho de 2013

Professores estressados ou desiludidos?

Apesar de estarmos ainda na metade do ano, li essa matéria e achei muito interessante para refletirmos, por isso estou compartilhando com vcs.


Com a aproximação do final do ano letivo, muitos Professores já se encontram em um estado de extremo cansaço. Não é para menos, com tantos Relatórios, Provas para corrigir, tarefas de casa, trabalhos, fechamento do Bimestre, Reunião de Pais, alunos indisciplinados, reclamações de pais, semanários, datas comemorativas, formatura.

Ufa, quanta coisa!!!

De certa forma, o cansaço que naturalmente surge ao longo do ano letivo é até compreensível e administrável, afinal para isso temos o recesso e as férias onde recarregamos as energias e voltamos com novo ânimo.

Entretanto muitos Professores estão se afastando do trabalho devido ao Estresse emocional, pois apresentam esgotamento físico, alto grau de irritabilidade e mau humor, parecendo que estão à beira de um ataque de nervos.

O Estresse aparece quando somos submetidos a um estado de grande esforço e tensão. Neste caso nosso corpo reage apresentando alguns sintomas tais como: dores de cabeça, irritabilidade, cansaço, perda de memória, tensão muscular, problemas psíquicos desencadeando até depressão ou pânico.

Dentre as dezenas de emails que recebo  diariamente, boa parte deles trata de desabafo  dos Professores que visivelmente estão a beira de um ataque de nervos, porém observei algo maior ainda por trás destes constantes desabafos: desilusão pela profissão.

Professores que já há muito tempo perderam a alegria e a disposição de ensinar, pois olham para trás e vêem que o trabalho que fizeram até agora não resultou em NADA, que não valeu a pena.  Há uma total falta de motivação, e um profundo esgotamento emocional. Isso é muito triste!!!

Este tipo de desilusão em relação ao próprio trabalho, também é um transtorno psíquico  conhecido por “ burn out”, que em inglês significa combustão completa. Enquanto que a depressão é uma reação do corpo a um estado de tensão, o “burn out” é um transtorno emocional.

Uma profissão, seja ela qual for, dentre outras coisas deve nos trazer satisfação pessoal, senso de dever cumprido, certeza de que estamos fazendo a diferença no mundo e na vida de outras pessoas. Quando não sentimos que estes objetivos estão sendo atingidos entramos em um estado de desilusão e apatia.

Mas, o que gera essa desilusão e apatia pelo que fazemos? Em muitos casos constatei que os Professores estão focando suas preocupações em coisas que não cabe a eles resolver. A Família não está educando? O Governo não está apoiando? O Gestor não está ajudando? A violência está tomando conta da Escola?

A única coisa que o Professor pode controlar é a SUA atitude frente a tudo isso. O Professor pode mudar a si mesmo e não precisa ficar esperando que os outros façam algo. É preciso que façamos apenas a nossa parte, não de forma medíocre, mas sim extrapolando o nosso ótimo em busca do nosso excelente. Isso nos dá o sentimento de completude e faz com que o nosso emocional esteja imune, blindado, contra qualquer tipo de azedume que venhamos a nos deparar.

Sempre comparo o nosso corpo como sendo uma casa, com vários cômodos que precisamos cuidar, cada qual tem sua função. Cada um desses cômodos precisa ser cuidado, decorado, corretamente utilizado, e ser limpo periodicamente. Como em qualquer casa, ou ambiente que usamos, geramos LIXO que precisa ser recolhido e jogado fora.

Com o nosso corpo precisamos fazer o mesmo,  jogar fora  o lixo emocional. Tudo aquilo que interrompe a passagem de coisas novas, tudo aquilo que cheira mal, tudo aquilo que nos empobrece enquanto pessoas, tudo o que não é nosso e por vezes insistimos em carregar.

Lembre-se você até pode armazenar o lixo por alguns dias  antes de jogar fora, o que você não pode é armazená-lo por semanas inteiras, meses, e até anos.  Jogar fora  o lixo emocional  exige planejamento, por esta razão arrume sua agenda semanal de modo que haja o momento de fazer isso. Como? Praticando mais esportes, tendo momentos de lazer a sós ou em família, viajando, divertindo-se, praticando um hobby, nutrindo os relacionamentos que valem a pena, compartilhando mais, reclamando de menos.

Uma pessoa sem lixo emocional é como uma casa arejada. Todo mundo que entra em contato com ela logo percebe o perfume, a luz natural, a alegria de viver. Tudo isso contagia: seus colegas, seus familiares, os alunos, os pais dos alunos, e todos que estiverem a sua volta.

Saúde física e emocional do Professor precisa ser levada em conta para um efetivo Gerenciamento da Sala de Aula.


E você, o que está fazendo para jogar fora o seu lixo emocional diário?

Fonte:

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Inciei semana passada a formação do Pacto pela Educação, que está sendo oferecida aos professores de Ensino fundamental das séries inicias (1º ao 3º ano).
Espero poder aprender novas maneiras de ensinar e levar meus alunos a aprender cada dia mais e com prazer. Que possamos ter nesses momentos de formação espaços de debates e que não fiquemos apenas nos planos das ideias, mas que possamos refletir sobre ações efetivas que realmente possam ser aplicadas as nossas realidades de sala.
De nada adiantará essa formação se formos apenas idealistas, temos que ser práticos. Verificar e colocar em prática ações que visem colaborar com a alfabetização efetiva de nossos alunos para que sejam alfabetizados realmente após o período de 3 anos na escola e que não fiquem sendo empurrados a frente, sem que tenham se apropriado do conhecimento real.

domingo, 14 de abril de 2013

Como alfabetizar em 6 passos


Conheça as ações para fazer toda a turma avançar, as características das atividades desafiadoras em cada um dos seis tópicos e os equívocos comuns

Anderson Moço

1 Identificar o que cada criança da turma já sabe
O que é
Avaliar o nível de alfabetização e as intervenções mais adequadas para cada aluno. Antes mesmo de entrar na escola, as crianças já estão cercadas por textos, mas o contato com eles depende dos hábitos de cada família. Assim, uma turma de 1º ano vai apresentar uma variedade enorme de saberes, com estudantes pré-silábicos (quando as letras usadas na escrita não têm relação com a fala), silábicos sem valor sonoro (representando cada sílaba com uma letra aleatória), com valor sonoro (usando uma das letras da sílaba para representá-la), silábico-alfabéticos (que alternam a representação silábica com uma ou mais letras da sílaba) e, finalmente, alfabéticos (que escrevem convencionalmente, apesar de eventuais erros ortográficos). 

Ações
A atividade de diagnóstico mais comum é o ditado de uma lista de palavras dentro de um mesmo campo semântico (por exemplo, uma lista de frutas) com quantidade diferente de sílabas. Com base nela, é possível elaborar um mapa dos saberes da turma e planejar ações (leia o depoimento abaixo). Também vale usar os resultados das sondagens periódicas para informar os pais sobre os avanços de seus filhos.

Os erros mais comuns
- Não usar as informações da sondagem no planejamento. Os dados do diagnóstico devem orientar as atividades, os agrupamentos e as intervenções.

- Não planejar atividades diferentes para alunos alfabéticos e não alfabéticos. Os que já dominam o sistema de escrita precisam continuar aprendendo novos conteúdos, como ortografia e pontuação.

2 Realizar atividades com foco no sistema de escrita
O que é
Criar momentos para que os alunos sejam convidados a pensar sobre as relações grafofônicas e as peculiaridades da língua escrita. A intenção é fazer com que eles investiguem quais letras, quantas e onde usá-las para escrever. Alguns exemplos de perguntas para a turma: a palavra que você procura começa com que letra? Termina com qual? Quantas letras você acha que ela tem? É por meio de reflexões desse tipo que as crianças entendem a ligação entre os sons e as possíveis grafias. Algo muito distinto do que se fazia até pouco tempo atrás, quando vigorava a ideia de memorização. Os alunos primeiro repetiam inúmeras vezes as sílabas já formadas (ba, be, bi, bo, bu) e depois tentavam formar palavras e frases utilizando as sílabas que já haviam aprendido ("O burro corria para o correio", "Ivo viu a uva" e outras sem sentido algum). Só depois de guardar todas as possibilidades, a criança começava a escrever pequenos textos. O pior era que, em muitos casos, o momento da produção nunca chegava.

Ações
Desafiar os alunos a ler e a escrever, por conta própria, textos de complexidade adequada ao seu estágio de alfabetização (leia o depoimento abaixo). No esforço de entender como funciona o sistema alfabético, as crianças vão inicialmente tentar ler com base no que conhecem sobre a escrita e onde ela aparece (cartazes, livros, jornais etc.), utilizando o contexto para identificar palavras ou partes delas. As questões que o professor faz para que a criança justifique o que está escrito e os conflitos cognitivos decorrentes dessas indagações e da interação com os colegas levam à revisão de suas hipóteses.

Os erros mais comuns
- Deixar o aluno escrever sem intervir nem fornecer informações. A criança só avança ao receber ajudas desse tipo do professor.

- Pedir que os alunos copiem textos. Esse exercício mecânico pode, no máximo, ajudar a memorizar.

- Não desafiar os alunos a ler. Procurar nomes em listas, por exemplo, é essencial para entender a lógica do sistema de escrita.


3Realizar atividades com foco nas práticas de linguagem
O que é
Ajudar as crianças a entender como os textos se organizam e os aspectos específicos da linguagem escrita. Mais que enumerar as características dos diferentes gêneros, o importante é levar a turma a perceber as características sociocomunicativas de cada um deles, mostrando que aspectos como o estilo e o formato do material dependem da intenção do texto (por que se escreve) e de seu destinatário (para quem se escreve). "Isso se faz com a produção e a reflexão sobre bons exemplos", diz Neurilene Martins, coordenadora do Instituto Chapada, em Salvador.

Ações
As atividades mais consagradas são a leitura em voz alta e a produção de texto com o professor como escriba. Nas situações de leitura, o docente atua como um modelo de leitor: ele questiona as intenções do autor ao escolher expressões e palavras, retoma passagens importantes e ajuda na construção do sentido. Já nas ações de produção de texto oral com destino escrito (leia o depoimento abaixo), ao propor que os estudantes ditem um texto, ele discute a estrutura daquele gênero, escreve e revisa coletivamente, sugerindo alterações para tornar a composição mais interessante.

Erros mais comuns

- Ler para a turma sem destacar as características da linguagem. Depois de uma primeira leitura completa, é fundamental mostrar as expressões que ajudam a construir a forma e o significado dos textos.

- Explorar apenas as características de cada gênero sem produzi-lo. Conhecer a estrutura não garante as condições para a produção. Aprende-se a ler lendo e a escrever escrevendo.


4 Utilizar projetos didáticos para alfabetizar
Contemplar, na rotina da classe, um processo planejado com a participação dos alunos que resulte em um produto final escrito (uma carta, um livro, um seminário etc.). Esse tipo de organização do trabalho preserva a intenção comunicativa dos textos (informar, entreter etc.), respeitando o destinatário real da produção. Com isso, fornece um sentido maior para as atividades a ser realizadas pelos alunos, já que eles sabem que o resultado final será lido por outras pessoas, além da professora. Nos projetos didáticos, as crianças enfrentam situações e desafios reais de produção. "Com isso, aprendem usos e funções da escrita enquanto aprendem a escrever", explica Cristiane Pelisssari. Uma das principais vantagens do trabalho com projetos didáticos é a possibilidade de articulação entre momentos de reflexão sobre o sistema alfabético e sobre as práticas de linguagem. Outro ponto positivo é a criação de um contexto para a leitura e a escrita: por estarem debruçados sobre determinado assunto, os alunos conseguem ativar um repertório de conhecimentos sobre o tema que estão pesquisando para antecipar o que ler e saber o que escrever (leia o depoimento abaixo).

Ações
Geralmente, os projetos estão relacionados à pesquisa de temas de interesse da criançada. Os alunos são convidados a buscar informações, relacionar conhecimentos, realizar registros, produzir textos e revisá-los. Uma das vantagens dos projetos é que eles proporcionam uma organização flexível do tempo: de acordo com o objetivo que se pretende atingir, um projeto pode ocupar somente alguns dias ou se desenvolver ao longo de vários meses.


Erros mais comuns
- Focar o trabalho excessivamente no produto final. Os alunos aprendem muito mais com todo o processo do que com a chamada culminância.

- Não aproveitar os projetos para refletir sobre o sistema alfabético. Os alunos devem realizar registros e ter atividades de leitura em diversas etapas, articulando o sistema de escrita com as práticas de linguagem.


5Trabalhar com sequências didáticas

O que é
Lançar mão de série de atividades focadas num conteúdo específico, em que uma etapa está ligada à outra. Na alfabetização, as sequências podem ser usadas para focar aspectos tanto da leitura como do sistema de escrita.

Ações
Na leitura, uma opção é ler com as crianças diferentes exemplares de um mesmo gênero, variadas obras de um mesmo autor, textos sobre um mesmo tema ou versões de uma mesma história (leia o depoimento abaixo). A sequência deve estar ligada aos propósitos leitores que se quer aprofundar. Se a ideia é ler para saber mais, a sequência deve contemplar as diversas etapas de pesquisa, da localização ao registro de informações. Se o objetivo é a leitura para entreter, a turma pode avaliar os recursos linguísticos utilizados para provocar suspense, comicidade etc. e criar um arquivo de expressões úteis para as próprias produções. Uma sequência semelhante pode ser preparada para apresentar desafios relacionados ao sistema de escrita. Numa lista de livros de bruxa, por exemplo, a garotada pode ser convidada a criar um título que tenha palavras específicas (como "a bruxinha malvada").


Erros mais comuns
- Prever atividades sem ligação ou continuidade. Uma atividade deve preparar para a outra. Pode-se, por exemplo, começar lendo uma versão tradicional de Chapeuzinho Vermelho e terminar com uma carta do Lobo a Chapeuzinho.

- Não ter clareza dos objetivos da sequência didática. É fundamental ter em mente o que se quer ensinar e o que deve ser avaliado.


6Incluir atividades permanentes na rotina

O que é
Prever atividades diárias para colocar os alunos em contato constante com determinados conteúdos importantes para conseguir ler e escrever de forma convencional. "No caso da escrita, o domínio do sistema alfabético requer sucessivas aproximações e tentativas de escrever adequadamente", afirma Neurilene Martins. Outro foco é a aprendizagem de procedimentos e comportamentos leitores e escritores: por onde e como começo a ler? Como tomar pequenas notas na hora de pesquisa? Como expressar preferências literárias e trocar informações sobre os livros?

Ações
Em termos de escrita, destaque para listas, textos de memória (como parlendas e poemas) e atividades com o nome próprio e os dos colegas de classe e com a troca de recomendações literárias. Quando se trata de ler, a possibilidade mais consagrada é a leitura diária feita pelo professor em voz alta de textos variados (leia o depoimento abaixo).


Erros mais comuns
- Não propor atividades com foco no sistema de escrita. É fundamental incluir atividades permanentes que levem a pensar sobre as relações grafofônicas.

- Insistir na leitura de um único gênero textual. As crianças precisam ter contato e familiaridade com uma variedade grande de textos para que consigam se comunicar por escrito em diferentes situações.

Fonte: Nova Escola

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/alfabetizacao-6-praticas-essenciais-letramento-618025.shtml?page=0





terça-feira, 2 de abril de 2013

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Antes de criticar, conheça!!!

10 COISAS QUE TODA CRIANÇA COM AUTISMO GOSTARIA QUE VOCÊ SOUBESSE

1) Antes de tudo eu sou uma criança. Eu tenho autismo. Eu não sou somente "Autista". O meu autismo é só um aspecto do meu caráter. Não me define como pessoa. Você é uma pessoa com pensamentos, sentimentos e talentos. Ou você é somente gordo, magro, alto, baixo, míope. Talvez estas sejam algumas coisas que eu perceba quando conhecer você, mas isso não é necessariamente o que você é. Sendo um adulto, você tem algum controle de como se auto-define. Se quiser excluir uma característica, pode se expressar de maneira diferente. Sendo criança eu ainda estou descobrindo. Nem você ou eu podemos saber do que eu sou capaz. Definir-me somente por uma característica, acaba-se correndo o risco de manter expectativas que serão pequenas para mim. E se eu sinto que você acha que não posso fazer algo, a minha resposta naturalmente será: Para que tentar? 

2) A minha percepção sensorial é desordenada. Interação sensorial pode ser o aspecto mais difícil para se compreender o autismo. Quer dizer que sentidos ordinários como audição, olfato, paladar, toque, sensações que passam despercebidas no seu dia a dia podem ser doloridas para mim. O ambiente em que eu vivo pode ser hostil para mim. Eu posso parecer distraído ou em outro planeta, mas eu só estou tentando me defender. Vou explicar o porquê: uma simples ida ao mercado pode ser um inferno para mim: a minha audição pode ser muito sensível.Muitas pessoas podem estar falando ao mesmo tempo, música, anúncios, barulho da caixa registradora, celulares tocando, crianças chorando, pessoas tossindo, luzes fluorescentes.O meu cérebro não pode assimilar todas estas informações, provocando em mim uma perda de controle. O meu olfato pode ser muito sensível. O peixe que está à venda na peixaria não está fresco. A pessoa que está perto pode não ter tomado banho hoje. O bebê ao lado pode estar com uma fralda suja. O chão pode ter sido limpo com amônia. Eu não consigo separar os cheiros e começo a passar mal. Porque o meu sentido principal é o visual. Então, a visão pode ser o primeiro sentido a ser super-estimulado. A luz fluorescente não é somente muito brilhante, ela pisca e pode fazer um barulho. O quarto parece pulsar e isso machuca os meus olhos. Esta pulsação da luz cobre tudo e distorce o que estou vendo. O espaço parece estar sempre mudando. Eu vejo um brilho na janela, são muitas coisas para que eu consiga me concentrar. O ventilador, as pessoas andando de um lado para o outro... Tudo isso afeta os meus sentidos e agora eu não sei onde o meu corpo está neste espaço. 

3) Por favor, lembre de distinguir entre não poder (eu não quero fazer) e eu não posso (eu não consigo fazer). Receber e expressar a linguagem e vocabulário pode ser muito difícil para mim.Não é que eu não escute as frases. É que eu não te compreendo. Quando você me chama do outro lado do quarto ou da sala, isto é o que eu escuto "BBBFFFZZZZSWERSRTDSRDTYFDYT Paulo”. Ao invés disso, venha falar comigo diretamente com um vocabulário simples: "Paulo, por favor, coloque o seu livro na estante. Está na hora de almoçar". Isso me diz o que você quer que eu faça e o que vai acontecer depois. Assim é mais fácil para compreender. 

4) Eu sou um "pensador concreto". O meu pensamento é concreto, não consigo fazer abstrações. Eu interpreto muito pouco o sentido oculto das palavras. É muito confuso para mim quando você diz "não enche o saco", quando o que você quer dizer é "não me aborreça". Não diga que "isso é moleza, é mamão com açúcar" quando não há nenhum mamão com açúcar por perto e o que você quer dizer é que isso é algo fácil de fazer. Gírias, piadas, duplas intenções, paráfrases, indiretas, sarcasmo eu não compreendo.         

5) Por favor, tenha paciência com o meu vocabulário limitado.Dizer o que eu preciso é muito difícil para mim, quando não sei as palavras para descrever o que sinto.Posso estar com fome, frustrado, com medo e confuso, mas agora estas palavras estão além da minha capacidade, do que eu possa expressar. Por isso, preste atenção na linguagem do meu corpo (retração, agitação ou outros sinais de que algo está errado). Por outro lado, posso parecer como um pequeno professor ou um artista de cinema dizendo palavras acima da minha capacidade na minha idade. Na verdade, são palavras que eu memorizei do mundo ao meu redor para compensar a minha deficiência na linguagem. Por que eu sei exatamente o que é esperado de mim como resposta quando alguém fala comigo. As palavras difíceis que de vez em quando falo pode vir de livros, TV, ou até mesmo serem palavras de outras pessoas. Isto é chamado de ECOLALIA. Não preciso compreender o contexto das palavras que estou usando. Eu só sei que devo dizer alguma coisa.        

 6) Eu ou muito orientado visualmente porque a linguagem é muito difícil para mim.Por favor, me mostre como fazer alguma coisa ao invés de simplesmente me dizer. E, por favor, esteja preparado para me mostrar muitas vezes. Repetições consistentes me ajudam a aprender. Um esquema visual me ajuda durante o dia-a-dia. Alivia-me do stress de ter que lembrar o que vai acontecer. Ajuda-me a ter uma transição mais fácil entre uma atividade e outra. Ajuda-me a controlar o tempo, as minhas atividades e alcançar as suas expectativas.Eu não vou perder a necessidade de ter um esquema visual por estar crescendo. Mas o meu nível de representação pode mudar. Antes que eu possa ler, preciso de um esquema visual com fotografias ou desenhos simples. Com o meu crescimento, uma combinação de palavras e fotos pode ajudar mais tarde a conhecer as palavras. 

7) Por favor, preste atenção e diga o que eu posso fazer ao invés de só dizer o que eu não posso fazer. Como qualquer outro ser humano não posso aprender em um ambiente onde sempre me sinta inútil, que há algo errado comigo e que preciso de CONSERTO. Para que tentar fazer alguma coisa nova quando sei que vou ser criticado? Construtivamente ou não é uma coisa que vou evitar. Procure o meu potencial e você vai encontrar muitos! Terei mais que uma maneira para fazer as coisas. 

8) Por favor, me ajude com interações sociais, pode parecer que não quero brincar com as outras crianças no parque, mas algumas vezes simplesmente não sei como começar uma conversa ou entrar na brincadeira. Se você pode encorajar outras crianças a me convidarem a jogar futebol ou brincar com carrinhos, talvez eu fique muito feliz por ser incluído. Eu sou melhor em brincadeiras que tenham atividades com estrutura começo-meio-fim. Não sei como "LER" expressão facial, linguagem corporal ou emoções de outras pessoas. Agradeço se você me ensinar como devo responder socialmente. Exemplo: Se eu rir quando uma colega cair não é que eu ache engraçado. É que eu não sei como agir socialmente. Ensine-me a dizer: Você esta bem? 

9) Tente encontrar o que provoca a minha perda de controle, "chilique", birra, mal-criação, escândalo, como você quiser chamar, eles são mais horríveis para mim do que para você. Eles acontecem porque um ou mais dos meus sentidos foi estimulado ao extremo. Se você conseguir descobrir o que causa a minha perda de controle, isso poderá ser prevenido - ou até evitado. Mantenha um diário de horas, lugares pessoas e atividades. Você encontrar uma seqüência pode parecer difícil no começo, mas, com certeza, vai conseguir. Tente lembrar que todo comportamento é uma forma de comunicação. Isso dirá a você o que as minhas palavras não podem dizer: como eu sinto o meu ambiente e o que está acontecendo dentro dele. 

10) Se você é um membro da família me ame sem nenhuma condição. Elimine pensamentos como "Se ele pelo menos pudesse…" ou "Porque ele não pode…" Você não conseguiu atender a todas as expectativas que os seus pais tinham para você e você não gostaria de ser sempre lembrado disso. Eu não escolhi ser autista. Mas lembre-se que isto está acontecendo comigo e não com você. Sem a sua ajuda a minha chance de alcançar uma vida adulta digna será pequena. Com o seu suporte e guia, a possibilidade é maior do que você pensa. Eu prometo: EU VALHO A PENA. E, finalmente três palavras mágicas: Paciência, Paciência, Paciência. Ajuda a ver o meu autismo como uma habilidade diferente e não uma desabilidade. Olhe por cima do que você acha que seja uma limitação e veja o presente que o autismo me deu. Talvez seja verdade que eu não seja bom no contato olho no olho e conversas, mas você notou que eu não minto, roubo em jogos, fofoco com as colegas de classe ou julgo outras pessoas? É verdade que eu não vou ser um Ronaldinho "Fenômeno" do futebol. Mas, com a minha capacidade de prestar atenção e de concentração no que me interesso, eu posso ser o próximo Einstein, Mozart ou Van Gogh. Eles também tinham autismo, uma possível resposta para Alzaheim o enigma da vida extraterrestre. O que o futuro tem guardado para crianças autistas como eu, está no próprio futuro. Tudo que eu posso ser não vai acontecer sem você sendo a minha Base. Pense sobre estas"regras" sociais e se elas não fazem sentido para mim, deixe de lado. Seja o meu protetor seja o meu amigo e nós vamos ver até onde eu posso ir. CONTO COM VOCÊ!!!domínio grátis

Retirado do site:

http://www.autimismo.com.br/

segunda-feira, 4 de março de 2013

Olá pessoas queridas que acompanham o meu blog. Esse ano decidi encarar um desafio diferente, e mesmo sendo completamente apaixonada pela Educação Infantil, resolvi conhecer um pouco o mundo do Ensino Fundamental e escolhi trabalhar com uma turminha de segundo ano.
Ainda estou me adaptando a essa nova realidade, confesso que ainda me encontro meio perdida e por vezes querendo fazer coisas que pertencem ao infantil. Tenho no momento, 23 alunos que são uns fofos, e estou encantada por poder auxiliá-los no mundo mágico da leitura.
Não sei por quanto tempo ficarei nesse segmento, confesso que tenho gostado, mas por vezes sinto falta de poder sentar no chão, brincar, e vivenciar coisas gostosas que só a Ed Infantil é capaz de nos proporcionar, mas estou em fase de aprendizado e encantamento por meus pequenos.
Que Deus nos dê um bom ano e que as dificuldade possam ser encaradas de frente e transformadas em aprendizado.
Um grande beijo!!!
Keyla Veríssimo.