quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Deficiência Intelectual

O que é a deficiência intelectual?
Segundo conceito da Associação Americana de Deficiência mental, trata-se de um funcionamento intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas, lazer e trabalho), com início antes dos 18 anos.
Em 1995 o simpósio INTELLECTUAL DISABILITY: PROGRAMS, POLICIES, AND PLANNING FOR THE FUTURE da Organização das Nações Unidas – ONU, altera o termo deficiência mental por deficiência intelectual, no sentido de diferenciar mais claramente a deficiência mental da doença mental (quadros psiquiátricos não necessariamente associados a déficit intelectual). Em 2004, em evento realizado pela Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde o termo deficiência é consagrado com o documento "DECLARAÇÃO DE MONTREAL SOBRE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL”.

Causas
As causas da deficiência intelectual são inúmeras e complexas, envolvendo fatores pré, peri e pós natais. O diagnóstico da causa é muito difícil, englobando fatores genéticos e ambientais, como quadros genéticos, infecções e drogas na gravidez, dificuldades no parto, prematuridade, meningites, traumas cranianos, etc.
Em países desenvolvidos, em 42% dos casos não se encontram "pistas" da origem da deficiência; 29% é claramente genética, 19% provavelmente genética e 10% é ambiental.
Existem medidas que podem ajudar a prevenir a deficiência, embora ela possa ocorrer em qualquer família, independente de idade, sexo, classe social, etc.

Prevenção da deficiência intelectual
• Aconselhamento genético para famílias com casos de deficiência existentes, casamentos entre parentes, idade materna avançada (nestes casos temos uma maior chance de ocorrência ou recorrência de casos).
• Acompanhamento pré-natal adequado diagnostica infecções ou problemas maternos que podem ser tratados antes que ocorram danos ao feto. Além disso, uma gestação com alimentação e práticas de vida saudáveis também favorecem o desenvolvimento adequado do feto. O Teste do Pezinho, obrigatório em território nacional, é a maneira mais efetiva de prevenção da deficiência intelectual em casos de fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito (O Teste do Pezinho não faz diagnóstico de síndrome de Down).
• Do ponto de vista pós-natal, a aplicação de vacinas, alimentação adequada, ambiente familiar saudável e estimulador, cuidados relacionados aos acidentes na infância também são poderosas armas.
A pessoa com deficiência intelectual tem, como qualquer outra, dificuldades e potencialidades. Seu tratamento consiste em reforçar e favorecer o desenvolvimento destas potencialidades e proporcionar o apoio necessário às suas dificuldades.
A inclusão social é um instrumento extremamente importante na determinação da qualidade de vida desta pessoa, pois lhe permite o acesso a todos os recursos da comunidade, que favorecerão o seu desenvolvimento global.

Autismo.

Autismo - O que é?
Segundo a Classificação Internacional das Doenças (CID-10) “o autismo infantil é descrito como um transtorno global do desenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de 3 anos; apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos seguintes domínios: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha de outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações do sono ou alimentação, crises de birra ou agressividade”.

Quais são as principais características?
Principais características: dificuldade de comunicação: atraso ou ausência da linguagem falada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversa, uso repetitivo da linguagem, ecolalia (repetem o que lhes foi dito) dificuldade na interação social: prejuízo no contato visual direto, dificuldade em relacionar-se com os outros, incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções
Dificuldade no uso da imaginação: rigidez do pensamento, linguagem e comportamento, compreensão literal da linguagem, Falta de aceitação das mudanças ou sair da rotina, forma de brincar desprovida de criatividade e exploração peculiar de objetos e brinquedos, maneirismos motores (torcer as mãos, balançar o tronco ou os braços...).

Qual o método usado pela escola ABADS para educá-los?
Aqui na ABADS aplicamos uma avaliação chamada PEP-R que nos orienta na criação do programa individual para cada aluno. Utilizamos o método Teacch, ABA e o PEC´s são ferramentas que   ajudam na comunicação, organização dos materiais e no comportamento do aluno.Para o sucesso escolar é importante que estes alunos encontrem um ambiente estruturado, isso facilita o entendimento e diminui o stress.

Um amiguinho diferente.

Maurício de Souza tem incluído personagens "especiais" em suas historinhas, aqui segue uma para que possam imprimir e ler com seus alunos.








quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Blog ser diferente é normal

Galera, recentemente passeando pela internet encontrei um blog maravilhoso chamado "Ser diferente é normal" onde podemos baixar documentários e filmes maravilhosos sobre Educação Especial. Se quiserem conhecer acessem através do banner que coloquei aqui no nosso bloguinho, vale muito a pena.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Murais e Festa da Primavera.



Murais Semana da Pátria.

Educação Inclusiva.

Iniciei nesse mês um curso à distancia pela Universidade Federal de Uberlandia (UFU). Confesso que não acreditava muito nesses cursos à distancia, mas tenho aprendido bastante. Tenho lido muito para produzir meus trabalhos e as discussões que são feitas nos fóruns são muito importantes para nosso aprendizado. Meu olhar sobre esse tipo de educação está mudando a cada dia.
Sou encantada pela Educação Especial mas percebo a cada dia que as crianças só estão sendo aceitas na escola por se tratar de lei, mas em alguns casos ficam excluídas na própria escola.
Os professores não estão sendo preparados para lidar com as diferentes especialidades. Aqueles mais interessados procuram formação por conta própria. Mas ainda tem a questão do tempo disponível pois a maioria tem jornada dupla, às vezes até tripla.
Precisamos garantir que essas crianças estejam realmente incluídas e não apenas frequentando a sala de aula regular. Esse direito precisa ser garantido.
Inclusão se refere à totalidade e incondicionalidade, onde toda e qualquer criança deve ser inserida no sistema escolar comum. Mas o que vemos hoje é apenas integração, uma inserção parcial e condicionada. As escolas não se adéquam a essas crianças, elas é que tem de se adequar às escolas.
Muitas mudanças ocorreram, mas temos ainda um longo caminho a percorrer em busca de uma inclusão verdadeira e eficaz, pois sabemos que esses alunos conquistaram o direito de frequentarem à escola regular, porém como estão sendo tratados por ela? Esse é o maior problema que observo. Colocar as crianças na escola hoje é de certa forma fácil, o difícil é ter garantida a inclusão verdadeira, a aceitação pura por parte do corpo escolar, o aprendizado eficaz desse aluno com todas as suas potencialidades. Não culpo aqui apenas a escola e o professor, mas também os órgãos públicos que não capacitam esse grupo para cumprirem essa função com propriedade.
Não devemos querer tornar essas crianças normais, mas sim garantir que tenham o direito de serem diferentes e terem suas necessidades reconhecidas e atendidas. Devemos possibilitar que tenham condições de desenvolverem-se como estudantes, pessoas e cidadão.
A nós professores cabe a busca constante por aprendizado, devemos, uma vez que nem sempre nos é oferecido, buscar esse conhecimento por nós mesmos, pois acredito que é sim possível oferecer uma educação de qualidade que atenda a todos os alunos, sendo esses normais ou não, pois todos de uma forma ou de outra são sempre especiais.

Keyla Veríssimo.